A dificuldade presente em se administrar o sucesso tem várias causas, entre elas a própria inferioridade que não nos permite enxergar a necessidade de equilíbrio. Quando se é ambicioso, isso é uma forma de estímulo para se construir o futuro; mas quando o sucesso acontece e foge ao controle, isso pode se transformar numa insatisfação permanente, gerando um descontrole destruidor, o modo ganancioso de viver. Assim, a pessoa não enxerga mais nada à sua frente, a não ser uma necessidade muitas vezes inconsequente de adquirir mais sucesso, custe o que custar. E ela deixa de administrar também a sua vida pessoal e se isola, ou se une a outros que possuem o mesmo pensamento equivocado.
Irmãos, quando o sucesso chegar aos nossos empreendimentos, perguntemos a nós mesmos: o que faço para o outro, eu gostaria que fizessem para mim? Estou sendo bom para o planeta, para as pessoas e para minha própria vida?
Para quem sofre por ainda não observar o sucesso no caminho, é importante entender que ele é diretamente ligado ao quanto de esforço dedicamos aos nosso objetivos. É resultado de trabalho mais talento mais oportunidade, e também efeito de uma combinação de circunstâncias que influenciam positiva ou negativamente - o que chamamos de sorte.
Trabalho consiste em fazer algo por si ou pelos outros, dedicando tempo a tarefas que poderão, ou não, resultar em remuneração; mas o trabalho leva à experiência, à maestria, à perfeição.
Já o talento é tudo o que temos mais facilidade de pôr em prática, são nossas aptidões naturais ou adquiridas que, se não valorizadas ou estimuladas por nós, jamais entenderemos seus efeitos positivos em nossas vidas.
E a oportunidade se faz quando tentamos algo ou nos arriscamos por uma boa causa. Só conheceremos seus resultados na experimentação. Sem movimento, desperdiçamos as boas chances que surgem pelo caminho.
No caso da sorte, precisamos compreender que ela não é fruto do acaso. As circunstâncias da sorte são coisas de que necessitamos no momento em que elas acontecem. São resultados de conquistas e experiências adquiridas ao longo de nossas trajetórias como espírito imortal. Tem a ver com causa e efeito, e com inspiração. Quando se tem o dom de ver a sorte de uma pessoa, enxerga-se o que tem a probabilidade de acontecer diante daquilo que ela construiu no passado ou realiza no presente.
Pensemos: Confio no meu trabalho e no desenvolvimento dos meus talentos; e não desperdiçarei oportunidades. Sou consciente de que meus esforços baseados no respeito a mim mesmo e aos meus semelhantes serão fundamentais para adquirir o sucesso que tanto desejo para a minha vida; e também para saber administrá-lo, no momento em que ele se fizer presente.
Ryrann da Jordânia
Sessão de PHATAE
20 de abril de 2013.
