segunda-feira, julho 01, 2013

A verdadeira declaração de amor

Texto selecionado pela irmã Elizabeth Aparecida Maria Bessa para estudo no Curso Missão Celeste em 24 de junho de 2013.

"Sempre que estamos abertos ao que as pessoas têm a nos dizer nos surpreendemos com a proximidade de suas histórias com tudo o que vivenciamos, e fica fácil perceber de que forma estamos sozinhos em nossos dramas de vida. Não somos os únicos a sofrer buscando respostas para tudo o que talvez nunca possamos explicar."

"Quando abrimos nossos ouvidos e doamos um pouco de nosso tempo para o outro, às vezes ganhamos mais do que quem está precisando ser escutado. Na verdade, não temos a medida exata de quem sai mais beneficiado quando uma relação de solidariedade é estabelecida. Não há perdas no contato entre estas pessoas porque o objetivo já é alcançado no princípio, no ato de enxergar além de si próprio."

"No meio de uma tarde comum em que tudo parecia correr normalmente e sem maiores surpresas, escutei uma declaração de amor. Não de um homem, mas de uma linda senhora morena que passava um momento atormentado e estava buscando ajuda nos remédios para tentar se manter em pé. Esta senhora me parou no corredor com um brilho nos olhos e disse que um dos dias em que ela mais sentia melhoras em seu estado de saúde, por vezes sem a necessidade de tomar medicação para dormir, era quando conversava comigo."

"E o que dizer diante deste tipo de demonstração de carinho? Minha expressão deve ter ficado entre a de uma criança que acabou de ganhar seu presente de Natal e alguém que caiu no meio da multidão — feliz e sem jeito. Jamais sonhei ouvir algo do tipo. Nunca pude sequer imaginar que aqueles poucos minutos entre uma tarefa e outra em que eu tinha parado para dar atenção àquela mulher me retornassem em formas de tanta gratidão."

"Algum tempo depois só pude pensar no quanto é fácil ajudar. É como no respirar, não requer esforço, mas ainda assim parece que geralmente preferimos a falta de ar, a falta de olhar. As palavras mais doces e sinceras que já ouvi me chegaram assim, sem que eu esperasse e sem que eu tivesse feito quase nada para recebê-las. Tão simples e surpreendente como a própria vida."

Extraído do Livro "Nua Pela Palavra", de Suzana Magina.