Texto selecionado pela irmã Elizabeth Aparecida Maria Bessa para estudo no Curso Missão Celeste em 24 de junho de 2013.
"Sempre que estamos abertos ao que as pessoas têm a nos dizer nos surpreendemos com a proximidade de suas histórias com tudo o que vivenciamos, e fica fácil perceber de que forma estamos sozinhos em nossos dramas de vida. Não somos os únicos a sofrer buscando respostas para tudo o que talvez nunca possamos explicar."
"Quando abrimos nossos ouvidos e doamos um pouco de nosso tempo para o outro, às vezes ganhamos mais do que quem está precisando ser escutado. Na verdade, não temos a medida exata de quem sai mais beneficiado quando uma relação de solidariedade é estabelecida. Não há perdas no contato entre estas pessoas porque o objetivo já é alcançado no princípio, no ato de enxergar além de si próprio."
"No meio de uma tarde comum em que tudo parecia correr normalmente e sem maiores surpresas, escutei uma declaração de amor. Não de um homem, mas de uma linda senhora morena que passava um momento atormentado e estava buscando ajuda nos remédios para tentar se manter em pé. Esta senhora me parou no corredor com um brilho nos olhos e disse que um dos dias em que ela mais sentia melhoras em seu estado de saúde, por vezes sem a necessidade de tomar medicação para dormir, era quando conversava comigo."
"E o que dizer diante deste tipo de demonstração de carinho? Minha expressão deve ter ficado entre a de uma criança que acabou de ganhar seu presente de Natal e alguém que caiu no meio da multidão — feliz e sem jeito. Jamais sonhei ouvir algo do tipo. Nunca pude sequer imaginar que aqueles poucos minutos entre uma tarefa e outra em que eu tinha parado para dar atenção àquela mulher me retornassem em formas de tanta gratidão."
"Algum tempo depois só pude pensar no quanto é fácil ajudar. É como no respirar, não requer esforço, mas ainda assim parece que geralmente preferimos a falta de ar, a falta de olhar. As palavras mais doces e sinceras que já ouvi me chegaram assim, sem que eu esperasse e sem que eu tivesse feito quase nada para recebê-las. Tão simples e surpreendente como a própria vida."
Extraído do Livro "Nua Pela Palavra", de Suzana Magina.