O Sol que aquece é também aquele que dá vida. Diversos são seus símbolos e representações, mas em todas, a unidade e a força estão presentes. Dezembro é época de se comemorar o nascimento de Jesus e a festa realizada em todo mundo se assemelha às comemorações do deus Sol, a divindade de maior adoração por toda a antigüidade. Na verdade, o Natal é o festival do renascimento do Cristo, o criador e doador universal, presente em todas as religiões. São também celebrados o amor, a união da família e as realizações do ano que finda.
Na linguagem esotérica, o Sol é um foco central de energia radiante, física ou espiritual, de qualquer sistema solar, freqüentemente representado como um círculo tendo um ponto no meio. Os povos antigos o reconheciam como a divindade que estava acima de tudo e o exaltavam nas figuras de Osíris, Apolo, Febo, Hélios, Surya e Mitra, dentre outras. Para eles, o Sol era emblema da divindade benfeitora que dá a vida. Sabiam perfeitamente que sem ele as suas plantações não poderiam crescer e com isso, fatalmente, morreriam; que não poderia haver o dia e a noite; não haveria aquecimento e tudo seria uma escuridão fria e tenebrosa.
A Teosofia afirma que no Egito o Sol era considerado como a manifestação visível e material de Deus. Osíris era a alma do Sol e Rá o corpo. O Sol nascente era Hórus e o poente, Toum (ou Tum). Na Babilônia, o culto solar permitia que se reconhecesse nele vestígios de relações muito antigas com o além. Nos cerimoniais europeus, o lançamento de rodas em fogo por ocasião dos solstícios desempenhava provavelmente uma função mágica de restauração das energias solares.
Nos livros sagrados como a Bíblia e os Upanishads, as citações sobre o Sol são inúmeras: o olho do Deus supremo, o filho do Criador, o fecundador, aquele capaz de queimar e matar, aquele que gera e devora seus filhos. Na República de Platão, o Sol é a imagem do bem tal como se manifesta na esfera das coisas visíveis.
Para os ocultistas, o Sol está relacionado ao espírito, à magia branca, ao princípio intuitivo, ao Cristo Interno. Essa esfera incandescente que vitaliza todo o sistema solar é tão somente um reflexo do Sol Central, o Logos, que governa todos os sistemas solares. Cada Sol é um condensado de energia cósmica universal que se expressa nos diversos planos - espiritual, mental, astral e físico.
A enorme importância que o Sol assume na natureza está baseada no fato de ser o comandante espiritual e intelectual do sistema solar, o doador da vida em todos os aspectos. Na opinião do estudioso David Oliveira, mestre maçom e rosacruz, Deus supre todas as necessidades do homem através do Sol. Quando cria um sistema solar, Ele o faz condensando parte de Si mesmo, a energia cósmica universal com todas as riquezas e suprimentos necessários à sobrevivência e evolução de cada um.
Enfim, Natal é um rito de origem pagã que sintetiza boa parte desse conhecimento da natureza solar e suas manifestações; uma forma de cultuar Deus, o Supremo Arquiteto, de agradecer os antepassados e também reconhecer o Sol como a força crística que acende a chama interna do homem e rege a vida em todos os planos.
Publicado originalmente no Mensageiro Celeste nº 19, edição de dezembro de 2004.
Um comentário:
Existem vários sois..rs! é assim q escreve????Rsrrs
é mto legal isso..
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