Por Riad Younes
Ainda que não seja capaz de explicar seus mecanismos, a ciência tem se surpreendido ao investigar a influência das manifestações de fé no tratamento e na cura de doenças.
Não é de hoje que milhares de pessoas rezam com fervor para espantar males e doenças que as afligem. Santos históricos e homens santos da atualidade disputam palmo a palmo o território da religião. Há quem acredite piamente que a fé cura. E não são padres nem pastores, mas alguns cientistas. Isso mesmo.
Há algum tempo foram concluídos estudos, realizados com rigor científico, que apontam na direção de resultados no mínimo estranhos. Até inexplicáveis, como o que um grupo de pesquisadores coreanos completou.
Nesse estudo, mulheres com problemas de fertilidade foram admitidas em clínicas de fertilização in vitro (bebês de proveta) para testar a hipótese de a fé mudar suas chances de engravidar. E não é que funcionou?
Durante dois anos, 199 mulheres, com idades semelhantes e com fatores biológicos que impedem ou dificultam a gravidez também semelhantes, foram separadas em dois grupos por sorteio. Metade das pacientes foi submetida ao tratamento-padrão para engravidar. Na outra metade, além do tratamento, houve uma mobilização de reza por elas em países distantes, incluindo Estados Unidos, Canadá e Austrália. Rezas intercontinentais.
Uma fotografia de cada paciente foi enviada a grupos de reza, nos quatro cantos do mundo. Vale salientar que nem os médicos na Coréia nem as próprias pacientes sabiam que alguém rezava por elas. E, para espanto geral dos pesquisadores, as mulheres que receberam as manifestações de fé engravidaram duas vezes mais do que as mulheres do outro grupo.
"Ninguém esperava encontrar resultado positivo nesse estudo", declarou o dr. Rogério Lobo, chefe do Departamento de Ginecologia e Obstetrícia da Universidade Colúmbia, em Nova York. Os cientistas tentaram identificar fatores além da variável da fé que explicassem a discrepância entre os dois grupos. Não encontraram nada óbvio. (continua)
Publicado originalmente na revista Carta Capital nº 340, edição de maio de 2005 (reprodução autorizada pela editora em 23.01.07).
Ainda que não seja capaz de explicar seus mecanismos, a ciência tem se surpreendido ao investigar a influência das manifestações de fé no tratamento e na cura de doenças.
Não é de hoje que milhares de pessoas rezam com fervor para espantar males e doenças que as afligem. Santos históricos e homens santos da atualidade disputam palmo a palmo o território da religião. Há quem acredite piamente que a fé cura. E não são padres nem pastores, mas alguns cientistas. Isso mesmo.
Há algum tempo foram concluídos estudos, realizados com rigor científico, que apontam na direção de resultados no mínimo estranhos. Até inexplicáveis, como o que um grupo de pesquisadores coreanos completou.
Nesse estudo, mulheres com problemas de fertilidade foram admitidas em clínicas de fertilização in vitro (bebês de proveta) para testar a hipótese de a fé mudar suas chances de engravidar. E não é que funcionou?
Durante dois anos, 199 mulheres, com idades semelhantes e com fatores biológicos que impedem ou dificultam a gravidez também semelhantes, foram separadas em dois grupos por sorteio. Metade das pacientes foi submetida ao tratamento-padrão para engravidar. Na outra metade, além do tratamento, houve uma mobilização de reza por elas em países distantes, incluindo Estados Unidos, Canadá e Austrália. Rezas intercontinentais.
Uma fotografia de cada paciente foi enviada a grupos de reza, nos quatro cantos do mundo. Vale salientar que nem os médicos na Coréia nem as próprias pacientes sabiam que alguém rezava por elas. E, para espanto geral dos pesquisadores, as mulheres que receberam as manifestações de fé engravidaram duas vezes mais do que as mulheres do outro grupo.
"Ninguém esperava encontrar resultado positivo nesse estudo", declarou o dr. Rogério Lobo, chefe do Departamento de Ginecologia e Obstetrícia da Universidade Colúmbia, em Nova York. Os cientistas tentaram identificar fatores além da variável da fé que explicassem a discrepância entre os dois grupos. Não encontraram nada óbvio. (continua)
Publicado originalmente na revista Carta Capital nº 340, edição de maio de 2005 (reprodução autorizada pela editora em 23.01.07).
Um comentário:
Olha, um assunto desses na Carta Capital... isso é bom, muito bom.
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