A cura pela cor é a Ciência Divina. Não é um culto ou moda, recentemente descoberto ou inventado. Foi efetivamente utilizada durante a Idade de Ouro da Grécia e nos templos de cura pela luz e pela cor, em Heliópolis, no Egito Antigo e, além disso, foi reverenciada pelas antigas civilizações da Índia e da China. Em todas as eras, tem sido empregada a sabedoria da cor para estabelecer a harmonia e o equilíbrio; para acalmar, sustentar, curar e restaurar, e para criar novamente – expressões que retratam o anseio pelo Princípio Uno, Divino e Criativo das ondas de luz.
A cor é, portanto, uma Força Divina – nada menos! Considerá-la, ainda que por um instante, algo menos que isso, seria igualar-se à mulher para quem a eletricidade era somente algo que lhe aquecia o ferro de passar. Nós, porém, sabemos que se trata de uma energia que o homem aprendeu a dominar a fim de produzir luz, calor e frio artificiais, além das vantagens materiais de transporte e outros serviços e confortos para a família humana, no mundo inteiro. Do mesmo modo, a cor oferece seus confortos e serviços ao homem; na realidade, as ondas elétricas e as da luz (cor) têm origem comum na força solar – que é o grande provedor de conforto e energia.
O prodígio desta maravilhosa força cósmica da cor é que ela não produz efeito apenas nos planos físicos mais baixos, como, até certo ponto, a matéria médica; nem é eficaz meramente no plano mental ou emocional, como a psiquiatria; nem é efetiva apenas em nível espiritual, como a cura pela fé – ela funciona em todos os planos. A razão desta eficácia completa é que a cor é um poder divino que trabalha através e dentro de nós, em cada glândula, em cada célula do cérebro e do corpo – e em todos os ambientes exteriores ao corpo. Todavia, é no espírito do homem que age com maior eficácia, na influência sobre a consciência e sobre os pensamentos comuns, nos quais jaz a semente de nossa saúde e bem estar.
Quando se compreender plenamente que a doença no homem e no mundo, em sua maior parte, origina-se na consciência e só mais tarde se manifesta sob forma física; que as ondas de nosso pensamento irradiam-se para o exterior como cores e que a cor aplicada ao ambiente e à atmosfera mental pode transformar nossa concepção mental da vida – então será preciso admitir que a cor, aplicada aos níveis causais mais elevados é de importância absolutamente suprema. (continua)
MICCOLIS, Leila. Do Hum ao Om, p. 18, 1ª ed., LDE, Rio de Janeiro: 1988.
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