É o dito popular: "quem canta seus males espanta". Os mu- sicoterapeutas vão além. Pa- ra eles, apenas escutar a música certa no momento adequado já provoca efei- tos significativos na mente e no corpo do ouvinte.
Respaldada por ciências como neurologia, psicologia e fisio- logia, a musicoterapia é, co- mo o próprio nome indica, a aplicação de música (som, ritmo, melodia e harmonia) com finalidades terapêuticas.
O modelo xamânico ensina que é a música, quer seja produzida pela voz, por instrumentos ou por ambos, que restaura a ligação que temos com a nossa essência - o domínio que fica além da nossa percepção consciente - e, portanto, com o cosmos.
Respaldada por ciências como neurologia, psicologia e fisio- logia, a musicoterapia é, co- mo o próprio nome indica, a aplicação de música (som, ritmo, melodia e harmonia) com finalidades terapêuticas.
O modelo xamânico ensina que é a música, quer seja produzida pela voz, por instrumentos ou por ambos, que restaura a ligação que temos com a nossa essência - o domínio que fica além da nossa percepção consciente - e, portanto, com o cosmos.
Para entender essa prática, é necessário primeiro compreender a ação da música no organismo. Ao chegarem aos ouvidos, os sons são convertidos em impulsos que percorrem os nervos auditivos até o tálamo - região do cérebro que é considerada a estação central das emoções, das sensações e dos sentimentos. Os impulsos provocados pela música no cérebro repercutem em todo o corpo e podem ser detectados pelas novas técnicas de escaneamento cerebral - ou neuroimagem.
Segundo a Federação Mundial de Musicoterapia, a técnica busca desenvolver potenciais, restaurar funções do indivíduo para que ele alcance uma melhor organização intra ou interpessoal e, consequentemente, uma melhor qualidade de vida através da prevenção, reabilitação ou tratamento.
Desde os tempos bíblicos a música é vista como um instrumento de cura. Segundo o Livro de Samuel I, o rei Saul foi assediado por "um espírito maligno do Senhor", seus servos o aconselharam a procurar um harpista cuja música pudesse aliviar sua alma atormentada. Um jovem pastor chamado Davi, tido como músico talentoso, foi chamado; Davi "tomava a harpa e a dedilhava; então Saul sentia alívio e se achava melhor, e o espírito maligno se retirava dele". (1 Sam 16:23)
A apresentação de Davi poderia ser considerada o primeiro caso registrado de uso da música como terapia. Contudo, Joseph Moreno, musicoterapeuta e estudioso do xamanismo e de outras antigas tradições de cura, observou que a moderna musicoterapia é um desenvolvimento de 30 mil anos de uso do som com propósitos de cura nas tradições xamânicas.
As raízes da musicoterapia como profissão na área da saúde remontam à Segunda Guerra Mundial, quando os músicos se ofereciam para tocar com o propósito de divertir soldados que haviam sido feridos. Desde então, a musicoterapia tem obtido um reconhecimento cada vez maior como aplicação prática e produtiva para um grande número de condições físicas, emocionais e mentais.
Para Jung - o psicanalista pioneiro que trouxe a espiritualidade para a psicoterapia através da exploração do mito e do arquétipo -, a música deve ser uma parte essencial de todo tipo de análise. Ela permite ao terapeuta trabalhar com os pacientes no nível dos arquétipos mais profundos.
Todos podem se beneficiar da musicoterapia. Ela produz bons resultados em pessoas com problemas de comunicação - desde os autistas, que vivem isolados em um mundo prórpio, até os tímidos, que têm dificuldade de expressar emoções.
Mas não serve qualquer tipo de música. A escolha influencia os padrões de sono e vigília, a respiração, os batimentos cardíacos, a circulação sanguínea e as secreções de diversas glândulas, por exemplo."A música tem o poder de agir sobre os órgãos e melhorar o estado físico das pessoas. Por isso sempre colocamos música nos nossos templos e durante toda a sessão. Dessa maneira, corpo e mente se acalmam e o paciente fica pronto para receber o tratamento adequado", explica Chaitra, o Hindu, coordenador de ensino da "CEU".
Publicado originalmente no Mensageiro Celeste nº 4, edição de setembro de 2003.
2 comentários:
Coloquem essas músicas que estão no blog em todas as sessões , são simplesmente divinas, e penetram em nossa alma.
adorei essa materia,a musica leva os homens a se elevarem espiritualmente essas que estao no blog simplesmente acalmam alem de serem lindas.parabens
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