No dia 13 de maio de 1888, uma senhora de 41 anos as- sinava um dos documentos mais importantes da histó- ria do Brasil, a Lei Áurea, libertando todos os escra- vos. Por detrás de sua as- sinatura havia o clamor de diversas pessoas, que luta- ram junto com ela para que tal lei fosse implanta- da. Através deste ato, seu nome entraria definitiva- mente para a história. Mas quem era essa mulher que governou o Brasil por três vezes numa época em que os homens dominavam a política?
Isabel Cristina Leopoldina Augusta Micaela Gabriela Rafaela Gonzaga de Bragança e Bourbon nasceu no Palácio de São Cristóvão, no Rio de Janeiro, em 29 de julho de 1846. Filha do imperador Pedro II e de Teresa Cristina, terceira imperatriz do Brasil, se tornou herdeira do trono após o precoce falecimento de seus irmãos Afonso e Pedra. Como herdeira de D. Pedro II, a princesa precisava se casar para assegurar a descendência imperial. No entanto, contrariando um costume da época, Isabel pôde escolher seu noivo e casou-se com Gastão de Orléans, o Conde d'Eu.
Durante a ausência do pai, Isabel assumiu o trono pela primeira vez como regente aos 25 anos de idade. Neste período sancionou a Lei do Ventre Livre, que libertava os filhos que nascessem de mãe es- crava. Em março de 1876, voltou a assumir o cargo de regente, mas foi em sua terceira regência, em 1887, que o novo governo impôs uma rápida tramitação à lei que abolia a escravidão, sancionada por Isabel em 13 de maio de 1888, acabando com a mancha da escravi- dão no último país americano a ter escravos.
Essa decisão valeu à princesa imperial a condecoração da Rosa de Ouro, concedida pelo papa Leão XIII. Ao ouvir a notícia da assinatura da Lei Áurea, D. Pedro mandou um telegrama à filha: "Abraço à Re- dentora". José do Patrocínio, orador popular da libertação, escreve- ra no livro: "Os reis criam princesas. O Imperador criou uma mu- lher". É certo que o mérito não foi apenas dela, mas seu interesse pela causa foi de fundamental importância. Ela morreu em 14 de novembro de 1921, no Castelo d' Eu, na França, mas seria sempre lembrada como Isabel, a redentora dos escravos.
Publicado originalmente no Mensageiro Celeste nº 14 em julho de 2004.
Isabel Cristina Leopoldina Augusta Micaela Gabriela Rafaela Gonzaga de Bragança e Bourbon nasceu no Palácio de São Cristóvão, no Rio de Janeiro, em 29 de julho de 1846. Filha do imperador Pedro II e de Teresa Cristina, terceira imperatriz do Brasil, se tornou herdeira do trono após o precoce falecimento de seus irmãos Afonso e Pedra. Como herdeira de D. Pedro II, a princesa precisava se casar para assegurar a descendência imperial. No entanto, contrariando um costume da época, Isabel pôde escolher seu noivo e casou-se com Gastão de Orléans, o Conde d'Eu.
Durante a ausência do pai, Isabel assumiu o trono pela primeira vez como regente aos 25 anos de idade. Neste período sancionou a Lei do Ventre Livre, que libertava os filhos que nascessem de mãe es- crava. Em março de 1876, voltou a assumir o cargo de regente, mas foi em sua terceira regência, em 1887, que o novo governo impôs uma rápida tramitação à lei que abolia a escravidão, sancionada por Isabel em 13 de maio de 1888, acabando com a mancha da escravi- dão no último país americano a ter escravos.
Essa decisão valeu à princesa imperial a condecoração da Rosa de Ouro, concedida pelo papa Leão XIII. Ao ouvir a notícia da assinatura da Lei Áurea, D. Pedro mandou um telegrama à filha: "Abraço à Re- dentora". José do Patrocínio, orador popular da libertação, escreve- ra no livro: "Os reis criam princesas. O Imperador criou uma mu- lher". É certo que o mérito não foi apenas dela, mas seu interesse pela causa foi de fundamental importância. Ela morreu em 14 de novembro de 1921, no Castelo d' Eu, na França, mas seria sempre lembrada como Isabel, a redentora dos escravos.
Publicado originalmente no Mensageiro Celeste nº 14 em julho de 2004.
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