Os sonhos fazem parte da vi- da de qualquer pessoa, até mesmo daquelas que dizem não lembrar deles. Da mesma maneira que o ar mantém o corpo vivo, os sonhos são fundamentais para o cresci- mento interno e do espírito.
O ato de deitar e pegar no sono é a certeza de se estar entrando em uma nova di- mensão: a escuridão ilumina- da pelos sonhos e todas as suas representações. Mas ao acordar, no dia seguinte, in- variavelmente vem à mente o questionamento: será que sonhei essa noite?
Sonhar faz bem para a saúde, aumenta a criatividade e propõe solu- ções para a vida. Dormindo, a mente e o corpo podem recuperar as energias físicas e trazer benefícios para o organismo. O sono ajuda a regular e produzir determinados hormônios, como o Hormônio do Crescimento (ou HGH) e a noradrenalina, hormônio do humor.
Sonhando, o espírito traz soluções para as dificuldades da vida cons- ciente. Para alguns povos antigos, os sonhos eram a chave do conhe- cimento mágico e espiritual, onde seriam reveladas passagens secre- tas para o passado, presente e futuro.
Em psicologia, a análise do sonho é bastante utilizada como instru- mento para o terapeuta. Nem todas as correntes da psicanálise fa- zem uso do estudo dos sonhos, mas para Freud, por exemplo, o sonho diz respeito ao inconsciente e aos fenômenos psíquicos du- rante o sono, sendo o sonho um mapa para o inconsciente. Para os índios, nos sonhos o homem está no puro estado de espírito, que tudo vê por todos os ângulos. Na doutrina espírita, o espírito é o princípio inteligente, sede do saber e dos processos psicológicos conscientes e inconscientes.
Maria José Tavares, psicóloga e psicanalista, revela que todos so- nham, mas nem tudo que se sonha é lembrado. "É uma função do organismo sonhar, o estágio de sono que nos leva a sonhar é cha- mado de sono paradoxal, em que há intensas descargas elétricas no cérebro", explica a psicóloga.
Para Jung, o sonho "é uma porta estreita, dissimulada no que tem a alma de mais obscuro e de mais íntimo: abre-se sobre a noite origi- nal e cósmica que pré-formava a alma muito antes da existência da consciência do eu e que perpetuará até muito além do que possa alcançar a consciência individual". O inconsciente pode ser conside- rado o arquivo mais secreto de todos, a parte mais recôndita do oceano da mente, com todos os seus resquícios e particularidades. Assim, o sonho funciona como um mediador de forças entre o cons- ciente e o inconsciente, fazendo com que situações agradáveis pos- sam ser mantidas e prolongadas durante o sonho, e que situações ameaçadoras possam ser interrompidas. Revelam um outro mundo, um outro "eu".
Publicado originalmente no Mensageiro Celeste nº 19 em dezembro de 2004.
O ato de deitar e pegar no sono é a certeza de se estar entrando em uma nova di- mensão: a escuridão ilumina- da pelos sonhos e todas as suas representações. Mas ao acordar, no dia seguinte, in- variavelmente vem à mente o questionamento: será que sonhei essa noite?
Sonhar faz bem para a saúde, aumenta a criatividade e propõe solu- ções para a vida. Dormindo, a mente e o corpo podem recuperar as energias físicas e trazer benefícios para o organismo. O sono ajuda a regular e produzir determinados hormônios, como o Hormônio do Crescimento (ou HGH) e a noradrenalina, hormônio do humor.
Sonhando, o espírito traz soluções para as dificuldades da vida cons- ciente. Para alguns povos antigos, os sonhos eram a chave do conhe- cimento mágico e espiritual, onde seriam reveladas passagens secre- tas para o passado, presente e futuro.
Em psicologia, a análise do sonho é bastante utilizada como instru- mento para o terapeuta. Nem todas as correntes da psicanálise fa- zem uso do estudo dos sonhos, mas para Freud, por exemplo, o sonho diz respeito ao inconsciente e aos fenômenos psíquicos du- rante o sono, sendo o sonho um mapa para o inconsciente. Para os índios, nos sonhos o homem está no puro estado de espírito, que tudo vê por todos os ângulos. Na doutrina espírita, o espírito é o princípio inteligente, sede do saber e dos processos psicológicos conscientes e inconscientes.
Maria José Tavares, psicóloga e psicanalista, revela que todos so- nham, mas nem tudo que se sonha é lembrado. "É uma função do organismo sonhar, o estágio de sono que nos leva a sonhar é cha- mado de sono paradoxal, em que há intensas descargas elétricas no cérebro", explica a psicóloga.
Para Jung, o sonho "é uma porta estreita, dissimulada no que tem a alma de mais obscuro e de mais íntimo: abre-se sobre a noite origi- nal e cósmica que pré-formava a alma muito antes da existência da consciência do eu e que perpetuará até muito além do que possa alcançar a consciência individual". O inconsciente pode ser conside- rado o arquivo mais secreto de todos, a parte mais recôndita do oceano da mente, com todos os seus resquícios e particularidades. Assim, o sonho funciona como um mediador de forças entre o cons- ciente e o inconsciente, fazendo com que situações agradáveis pos- sam ser mantidas e prolongadas durante o sonho, e que situações ameaçadoras possam ser interrompidas. Revelam um outro mundo, um outro "eu".
Publicado originalmente no Mensageiro Celeste nº 19 em dezembro de 2004.
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