Lamentavelmente, a humanidade vê-se privada do seu bem maior: a Luz, a única capaz de iluminar a obscuridade, na qual todos estamos praticamente afogados. [...] Vemo-nos obrigados a caminhar às apalpadelas e por isso é fácil explicar por que razão para nós só existe o tangível, o que podemos colher com as mãos: a parte mais grosseira da matéria. Infelizmente, podemos dizer que convertemo-nos em homens e mulheres vivendo de trevas e nela marchamos de olhos vendados.O orgulho e a vaidade de nossas chamadas verdades científicas nos tem cegado e arrojado à obscuridade. Somos, na verdade, dignos de lástima, embora possuamos tão elevada bagagem de cultura moderna. O Sol de vida espiritual nos ilumina constantemente. Mas, as nossas personalidades ainda tão arraigadas à sensação - prisioneiros que estamos do pseudo-poder e da falta de humildade, simplicidade e devoção - nos tornam incapazes de vê-lo.
O sentido interno, cujo desenvolvimento proporcionaria uma existência melhor, encontra-se oculto. Entretanto, a Luz da verdade continua se perdendo, enquanto a vida do dia-a-dia torna-se mais triste, desanimada e sombria. Apegados ainda às ilusões, desejos, caprichos, personalidades - mas acima de tudo - à matéria grosseira, deixamo-nos arrastar pelas paixões materiais.
Extraído da Apostila nº 192 do Curso de Sensíveis - Lenço Azul.
