quinta-feira, julho 28, 2011

O Pai Nosso

Quando Mestre Jesus esteve entre nós ensinou uma oração para que os que o acompanhavam pudessem conversar com Deus. Esta oração chegou até nós. Ao longo de nossa vida a repetimos várias e não nos damos conta de como estamos distante do que pedimos ao rezar. Pois

Será inútil dizermos: Pai Nosso, se em nossa vida não agimos como filhos de Deus, fechando nossos corações ao amor.

Será inútil dizermos: que estais nos céus, se os nossos valores são representados pelos bens da terra.

Será inútil dizermos: santificado seja o vosso nome, se pensamos apenas em ser cristão por medo, superstição e comodismo.

Será inútil dizermos: venha a nós o vosso reino, se achamos tão sedutora a vida aqui, cheia de supérfluos e futilidades.

Será inútil dizermos: seja feita a vossa vontade aqui na terra como no céu, se no fundo desejamos mesmo é que todos os nossos desejos se realizem.

Será inútil dizermos: o pão nosso de cada dia nos daí hoje, se preferimos acumular riquezas, desprezando nossos irmãos que passam fome.

Será inútil dizermos: perdoai as nossas ofensas assim como nós perdoamos a quem nos tem ofendido, se não nos importamos em ferir, injustiçar, oprimir e magoar aos que atravessam o nosso caminho.

Será inútil dizermos: e não nos deixeis cair em tentação, se escolhemos sempre o caminho mais fácil, que nem sempre é o caminho de Deus.

Será inútil dizermos: livrai-nos do mal, se por nossa própria vontade procuramos os prazeres materiais, e se tudo o que é proibido nos seduz.

Será inútil dizermos: Amém, porque sabendo que somos assim, continuamos nos omitindo e nada fazendo para nos modificar.

Irmãos, que o Pai Nosso não seja apenas palavras repetidas por hábito. Mas seja um guia para nossa vida. Que estas palavras sejam ditas pelo nosso coração e nos despertem para o amor incondicional, para o perdão, para a busca do caminhar pelas estradas, nem sempre fáceis, que nos levam a Deus. Que a Venerada Mestra Nada desperte em nós a devoção sincera e o desejo de vivermos de fato como filhos de Deus.

Colaboração da irmã Zung Naya do Tibet, dirigente da Chama Vermelho Rubi