Páscoa, do hebraico Pessach, significa passagem e é uma festa muito antiga. Na Antiguidade, marcava a passagem do inverno para a primavera. As árvores secas e desfolhadas ganhavam folhagem nova. Animais, como o urso, que passaram o inverno hibernado, despertavam. Era o renascer da vida.Durante muitos anos os hebreus foram escravos no Egito. Moisés recebeu do Senhor a missão de libertar o povo israelita. Atravessando o Mar Vermelho, o Profeta libertou seu povo e esta data passou a ser comemorada anualmente pelos judeus que ampliaram o sentido de passagem de uma estação para outra. Páscoa passou a significar passagem da vida de escravidão para a liberdade, para uma nova vida.
Jesus, como israelita, comemorava a Páscoa. E foi exatamente nessa data que foi preso, julgado e condenado. Sua Paixão, Morte e Ressurreição aconteceram durante as comemorações da Páscoa e deram a ela um novo significado.
Moisés, o Profeta, libertou o corpo. A Ressurreição de Cristo libertou a alma. O novo sentido da Páscoa se estendeu a toda a Humanidade. Páscoa é renascimento, passagem a uma nova vida, à plena existência. Jesus é o Caminho, a Verdade, a Vida. Ele veio mostrar que o caminho que nos leva ao Criador não é o olho por olho, dente por dente, como ensinavam as antigas tradições. O novo mandamento trazido por ele foi o do amor – “Ama teu próximo como a ti mesmo”. Ele ensinou o amor incondicional, o perdão, o dar a outra face, amar até mesmo o inimigo. Cristo mostrou o Eterno como o pai amoroso que ama, compreende e perdoa seus filhos. Ensinou a conversar com este Pai, ao deixar-nos o Pai Nosso como forma de conversarmos com Deus.
Façamos desta Páscoa um momento de reflexão. De encontro. Deixemos renascer a Esperança, reviver a Fé. E que nosso Caminho seja feito de Amor, de Perdão. Que a Páscoa seja de fato a nossa passagem para uma nova vida.
Preleção da irmã Zung Naya do Tibet para a Sessão Especial da Chama Vermelho Rubi
