Irmãos, no dia de hoje celebramos a SIMPLICIDADE que se traduz em elevados sentimentos, entre os quais a fraternidade, a harmonia, a humildade e o amor. Ser verdadeiramente simples não é fechar os olhos para o que é caro; não é necessariamente se recusar a ter gostos refinados; não é deixar de experimentar o que a vida material nos apresenta como opções de entretenimento, lazer e cultura; e também não é abster-se das facilidades tecnológicas da vida moderna. Ser simples diz respeito a um "melhor pensar", um "melhor falar", um "melhor se expressar" e um "melhor agir". Refere-se ao nosso comportamento ideal diante de todos, o que nem sempre é fácil de se alcançar.As nossas experiências diárias nos dão a oportunidade de convivência com pessoas diferentes, de origens completamente diversas. Esse contato nos causa variadas impressões que, na maioria das vezes, não são o retrato fiel da realidade. É muito difícil, senão impossível, ter acesso ao mais íntimo de cada ser. Como traduzir uma pessoa, se para isso precisaríamos entender toda a sua trajetória interior? E muitos parecem se expressar movidos por interesses pessoais, por objetivos nobres ou não, enquanto tantos outros, por costume, tradição, respeito, amor, atração, simpatia...
Haja vista a dificuldade para compreender o que o outro pensa, o que podemos fazer é nos concentrar em nós mesmos para que busquemos nos tornar mais simples. É um exercício constante. Podemos sempre agir com naturalidade e tratar os outros com amor, enxergando-os como irmãos muito próximos. Podemos dar toda a atenção, independentemente da aparência ou da maneira de se portar de todos, sejam ricos ou pobres.
Quando se fala em HUMILDADE como sinônimo de simplicidade, devemos ter o cuidado para compreendermos o melhor sentido de "ser humilde". Praticar a verdadeira humildade é não ser arrogante ou orgulhoso, é ser modesto e não usar de ostentação.
E como pôr em uso a simplicidade num mundo que parece exigir a divulgação do que possuímos com a falsa ideia de que só assim vão nos dar valor? Para aqueles que têm muito, esse compartilhamento pode parecer um ato soberbo, e assim distanciar pessoas e trazer sofrimento, ou até mesmo aproximar os motivados por interesses materiais; e, para quem tem pouco, pode gerar um sentimento de baixa autoestima e um descomunal esforço para mostrar uma falsa realidade, provocando rompimentos.
A resposta é nos conscientizarmos de que ninguém é perfeito, nem nós, nem os outros; e nos esforçarmos para conviver com todos da melhor maneira possível praticando um dos pilares do PHATAE, a HARMONIA.
Pensemos assim: Reconheço que cada um de nós vive um momento diferente, mas muito importante, em seu caminho evolutivo. Sou fraterno, não permito desenvolver qualquer sentimento negativo ao perceber no outro uma maneira de se expressar de que não gosto ou compartilho. Respeito a vida daqueles que me cercam. Com pensamentos sempre elevados e muito amor no coração, crio mais afinidades, mostro simplicidade em tudo o que faço e assim me torno uma pessoa melhor.
Ryrann da Jordânia
Sessão de PHATAE
23 de junho de 2012.
