terça-feira, janeiro 16, 2007

UMBANDA ESOTÉRICA


Solar Pai João d’Angola. Esse é o nome do centro de umbanda, em Vila Isabel, dirigido por Martha do Jordão há quase 30 anos. Suas instalações são simples e de imediato é possível sentir a atmosfera de paz e tranqüilidade do lugar. Seguindo uma umbanda diferente, a Casa tem Pai João d’Angola como mentor espiritual e consegue unir misticismo afro-brasileiro com as influências do Oriente.
MC: Como funciona o Solar?
Martha: Assim como a “CEU”, o Solar tem uma postura eclética. Sempre procurei dar aos médiuns da minha corrente esclarecimentos kardecistas. A umbanda propriamente dita não se aprofunda no ocultismo. Então, o Solar sempre foi meio umbandista, meio espírita-kardecista. Temos uma sessão de mesa, para trabalho de cura e desobsessão. A cada semana temos uma sessão pública, ora com caboclos, pretos-velhos ou exus. E quinzenalmente, as aulas e o desenvolvimento mediúnico. Fora as festividades, nas datas comemorativas.
MC: E qual a linha que o Solar segue?
Martha: Seguimos a umbanda, uma linha branca, trabalhando apenas para o bem. Não matamos, não sacrificamos animais, usamos principalmente as forças da natureza e fazemos a imantação com flores, frutas, ervas e bebidas.
MC: Durante sua caminhada, você passou pela “CEU”. Conte como foi essa experiência.
Martha: Isso mesmo. Fui sagrada na “CEU” em 1987. Já estava com o Centro aberto, mas um determinado momento o Pai João d’Angola avisou que só poderia voltar como oriental e para isso eu deveria estar preparada para a mudança. Foi quando eu conheci a “CEU” e decidi ingressar nos estudos.
MC: Então, a história do Solar está ligada à “CEU” por laços fortes?
Martha: Claro. A “CEU” abriu meus caminhos para o Oriente. Tudo que estudei lá passei para os médiuns do Solar. A “CEU” me deu conhecimentos mais profundos, o que eu sempre quis. Hoje, no Solar, como na “CEU”, todos se cumprimentam com namaste e recebem nomes místicos.
MC: E como esses ensinamentos ajudam no trabalho mediúnico de cada um?
Martha: As entidades respeitam as mudanças. Elas também querem evoluir. No fundo, estamos todos falando da mesma coisa. Mudamos apenas os nomes. Não podemos ficar presos a dogmas e definições. O caminho do meio é compatível com qualquer religião. Todos os caminhos levam a Deus.
MC: Se pudesse reunir o Solar em poucas palavras, quais seriam?
Martha: Amor e caridade, sempre. Amor dentro do coração e caridade para ajudar quem precisa.
MC: Que recado você deixa para nossos leitores?
Martha: Que procurem por uma religião, seja qual for. Que tenham amor a Deus, Jesus, Buda ou Messias, não importa o nome.
SOLAR PAI JOÃO D'ANGOLA
Rua Teodoro da Silva 589 – Vila Isabel
Tel. (21) 2576-5717

Publicado originalmente no Mensageiro Celeste nº 17, edição de outubro de 2004.

2 comentários:

sahalliwell disse...

Adoreiiiiiiiiii a materia!

Anônimo disse...

Ah, eu lembro dessa matéria. Adorei fazê-la!!!