OS CAMINHOS PARA A ILUMINAÇÃO
Johannes Zeisel
A iluminação - o estado sem "eu" - significa abandonar todo o conjunto e campo de desejos, imagens e conceitos até restar apenas uma simples função periférica de nossa existência. É justamente esse estado que evoca a iluminação em si. O que podemos fazer para nos preparar é reconhecer a verdadeira natureza do "eu", de forma total.
Um antigo provérbio diz: "Deus ajuda a quem se ajuda". Isto é certo no mundo dos desejos e metas. Mas é errado quando a gente não consegue mais ajudar-se. Então desistimos, para deixar que Deus nos ajude. Nós nos resignamos, nos desesperamos por nosso "eu" fraco e desistimos de suas promessas duvidosas. Se isso ocorrer num momento de contemplação ou numa esfera sem "eu", aí pode acontecer um milagre e nós sermos ajudados. Nesse caso, nosso inconsciente deve ter interferido de modo paranormal. É o que acontece nas chamadas curas por milagre, quando no auge do desespero nos entregamos à fé, esquecendo-nos de nós mesmos.
Mas isso pode acontecer também através de uma consciência que não existe de modo racional, mas que é dirigida por forças inconscientes e subconscientes - isso é o que ocorre com visionários, místicos e artistas de todos os tipos. Falamos, então, de tendências mediúnicas, de gênios criativos ou intuitivos, dependendo da forma como o inconsciente se manifesta.
E com isso voltamos a Marcel Proust. Se a intuição é de natureza mística, existe a possibilidade de se ter a experiência de uma visão interior espontânea, que pode ser traduzida como iluminação - independentemente de sua amplitude e de seu ponto crucial. Porque nem todas as iluminações surgem da união mistica. [...]
Publicado originalmente na revista Planeta, edição de fevereiro de 1986.
Johannes Zeisel
A iluminação - o estado sem "eu" - significa abandonar todo o conjunto e campo de desejos, imagens e conceitos até restar apenas uma simples função periférica de nossa existência. É justamente esse estado que evoca a iluminação em si. O que podemos fazer para nos preparar é reconhecer a verdadeira natureza do "eu", de forma total.
Um antigo provérbio diz: "Deus ajuda a quem se ajuda". Isto é certo no mundo dos desejos e metas. Mas é errado quando a gente não consegue mais ajudar-se. Então desistimos, para deixar que Deus nos ajude. Nós nos resignamos, nos desesperamos por nosso "eu" fraco e desistimos de suas promessas duvidosas. Se isso ocorrer num momento de contemplação ou numa esfera sem "eu", aí pode acontecer um milagre e nós sermos ajudados. Nesse caso, nosso inconsciente deve ter interferido de modo paranormal. É o que acontece nas chamadas curas por milagre, quando no auge do desespero nos entregamos à fé, esquecendo-nos de nós mesmos.
Mas isso pode acontecer também através de uma consciência que não existe de modo racional, mas que é dirigida por forças inconscientes e subconscientes - isso é o que ocorre com visionários, místicos e artistas de todos os tipos. Falamos, então, de tendências mediúnicas, de gênios criativos ou intuitivos, dependendo da forma como o inconsciente se manifesta.
E com isso voltamos a Marcel Proust. Se a intuição é de natureza mística, existe a possibilidade de se ter a experiência de uma visão interior espontânea, que pode ser traduzida como iluminação - independentemente de sua amplitude e de seu ponto crucial. Porque nem todas as iluminações surgem da união mistica. [...]
Publicado originalmente na revista Planeta, edição de fevereiro de 1986.
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