A ciência observa fenômenos desconcertantes como esses em todas as religiões estudadas. Não se identificou uma seita ou corrente filosófica específica aparentemente mais "eficaz" em melhorar a saúde das pessoas. A fé parece ser o denominador comum nas pessoas que se beneficiaram. Os médicos se sentem desconfortáveis com essas observações.
A maioria absoluta dos cursos de Medicina não inclui treinamento para discutir a religiosidade dos pacientes. Várias faculdades de Medicina nos Estados Unidos começaram a incluir em seu currículo cursos de Espiritualidade e Medicina. Provavelmente, mais por exigência dos pacientes do que por convicção dos professores.
Alguns cientistas, por outro lado, como o Dr. Richard Sloan, da Universidade Colúmbia, atacam veementemente essa tendência, que consideram obsoleta e perigosa. Ele cita o exemplo de um médico recém-formado, ainda em treinamento de residência, que deixou claro a uma paciente que se ela acreditasse em Deus certamente sua doença não teria aparecido. Alerta Sloan: "Isso pode criar um sentimento de culpa sem precedentes em pessoas que já sofrem o suficiente com sua doença."
Situações extremas como essa podem, sem dúvida, acontecer. Mas a ciência tem a obrigação de investigar todos os aspectos ligados à vida. Incluindo aqueles que aparentemente não têm a ver com a ciência em si.
Publicado originalmente na revista Carta Capital nº 340, edição de maio de 2005 (reprodução autorizada pela editora em 23.01.07).
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