O Cosmos é tudo o que existe, que existiu ou que existirá. Seu tamanho e idade estão além da compreensão humana. Perdido em algum local entre a imensidão e a eternidade está o nosso diminuto lar planetário. A Terra é um lugar. De maneira nenhuma o único, nem muito menos típico. Nenhum planeta, estrela ou galáxia pode ser típica, pois o Cosmos é, em sua maior parte, vazio. O único lugar típico é o vácuo universal, frio e vasto, a noite interminável do espaço galático, um local tão estranho e desolado que, por comparação, planetas, estrelas e galáxias parecem dolorosamente raros e adoráveis. Os mundos são preciosos. Benvindos, pois, ao planeta Terra, lugar de céus azuis de nitrogênio, oceanos de água líquida, tépidas florestas e prados macios, um mundo positivamente borbulhante de vida.
Num processo semelhante ao que aconteceu em muitos outros mundos, os segredos da evolução terrestre foram morte e tempo: mortes de várias formas de vida imperfeitamente adaptadas ao ambiente, e tempo para uma longa sucessão de pequenas mutações adoráveis.
A Terra se condensou do gás e poeira interestelares há mais ou menos 4,6 bilhões de anos. Sabemos, através dos registros fósseis, que a origem da vida aconteceu logo depois, talvez em torno de 4 bilhões de anos atrás, nos lagos e oceanos da Terra primitiva. As primeiras formas vivas não eram tão complexas como um organismo unicelular, já uma forma de vida altamente sofisticada. As primeiras atividades foram mutio mais despretensiosas. Naquele tempo, o relâmpago e a luz ultravioleta do Sol estavam separando as moléculas simples, ricas em hidrogênio, da atmosfera primitiva, os fragmentos espontaneamente, recombinando-se em moléculas mais e mais complexas. Os produtos desta química incipiente eram dissolvidos nos oceanos, originando um tipo de caldo orgânico de complexidade gradualmente maior, até que um dia apareceu uma molécula capaz de fazer cópias grosseiras de si mesma, utilizando como blocos de construção outras moléculas no caldo.
SAGAN, Carl. Cosmos,trad. de Angela do Nascimento Machado, 4ª ed., Ed. Francisco Alves, Rio de Janeiro: 1983.
Num processo semelhante ao que aconteceu em muitos outros mundos, os segredos da evolução terrestre foram morte e tempo: mortes de várias formas de vida imperfeitamente adaptadas ao ambiente, e tempo para uma longa sucessão de pequenas mutações adoráveis.
A Terra se condensou do gás e poeira interestelares há mais ou menos 4,6 bilhões de anos. Sabemos, através dos registros fósseis, que a origem da vida aconteceu logo depois, talvez em torno de 4 bilhões de anos atrás, nos lagos e oceanos da Terra primitiva. As primeiras formas vivas não eram tão complexas como um organismo unicelular, já uma forma de vida altamente sofisticada. As primeiras atividades foram mutio mais despretensiosas. Naquele tempo, o relâmpago e a luz ultravioleta do Sol estavam separando as moléculas simples, ricas em hidrogênio, da atmosfera primitiva, os fragmentos espontaneamente, recombinando-se em moléculas mais e mais complexas. Os produtos desta química incipiente eram dissolvidos nos oceanos, originando um tipo de caldo orgânico de complexidade gradualmente maior, até que um dia apareceu uma molécula capaz de fazer cópias grosseiras de si mesma, utilizando como blocos de construção outras moléculas no caldo.
SAGAN, Carl. Cosmos,trad. de Angela do Nascimento Machado, 4ª ed., Ed. Francisco Alves, Rio de Janeiro: 1983.
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