quinta-feira, julho 26, 2007

ANTAKARANA

A gente pensa que a realidade é só o que se vê, mas assim como mundo é construído pelo ponto (que não existe concretamente), a construção interior do homem é, na realidade, toda simbólica.

Assim, partindo do princípio que o ponto e a linha são uma necessidade de abstração do espírito humano, podemos nos remeter à questão do Antakarana (outra linha abstrata) que segundo Beltrán Anglada, é o fio luminoso criado pela consciência inferior do Aspirante espiritual sinceramente empenhado na busca do que chamamos de "os bens imortais", protegidos, misticamente falando, pelo Anjo Solar, guardião do nosso corpo intuitivo ou Mente Superior, enquanto ainda não temos ampla consciência deste corpo; ele é o guia espiritual do destino dos seres humanos.

Este fio misterioso, denominado poeticamente "A Ponte do Arco-Íris", conecta a Mente Inferior ou concreta do Aspirante, com a Mente Abstrata ou Superior, sendo definitivamente o laço de união da personalidade integrada.

Continua Beltrán Anglada: "O desenvolvimento dos poderes psíquicos não poderá ser autenticamente alcançado se não se cria, com antecipação, um forte Antakarana. A luz da mente introduzida no cérebro cria, assim, um caminho luminoso que, surgindo do centro Ajna (chakra frontal), se dirige até o centro coronário, ou seja, da glândula pituitária à pineal. As células do cérebro por onde misticamente é criado este caminho são reativadas de tal maneira que parecem ser feitas de elementos ígneos, de eletricidade. Pode compreender-se, então, a causa de muitas, freqüentes e intensas dores-de-cabeça, insônias, pois é o grau da evolução espiritual de cada Aspirante que mexe com este caminho dentro da cabeça, marcando a situação exata e o ponto de partida para novas zonas de interesse espiritual".

MICCOLIS, Leila. Do Hum ao Om, pp. 69-70, 1ª ed., Rio de Janeiro: LDE, 1988

3 comentários:

Felipe disse...

Interessante refletir sobre o papel de "Antakarana" nas meditações transcedentais, que nos conduz à "outra margem".

sahalliwell disse...

Já estudamos um pouco sobre esse fio no 4º ciclo e to mto anciosa pra falarmos mais sobre ele! Amei essa foto e esse trecho!

Esse blog a cada dia mais inovador!
Que editor é esse! ahhaahahah

bjo e namaste!

amrita do himalaya disse...

¨O discípulo constrói o caminho tornando-se o Caminho.Não se trata de algo já pronto e que possa ser sussurrado no seu ouvido.É o próprio processo evolutivo.
É o caminho de retorno,é o indivíduo em evolução.
A aranha cria do seu próprio ser o fio da seda.
Da mesma forma,o aspirante,o discípulo e o iniciado criam diante deles mesmos o seu próprio Caminho.
O homem divino ou a mulher divina demonstra sua divindade no plano físico por uma vida de serviço e criatividade.Quanto mais se evolui mais se sabe ,e quanto mais se sabe ,maior a responsabilidade no servir.
Texto adaptado da Sociedade Brasileira de Reiki-Benjamin Creme-
O Antakarana¨

Ao ler esse texto me vem a certeza de que o servir nos remete à evolução, digamos num processo relativamente inverso -de fora para dentro-.
De verdade, nada inverso!