quarta-feira, outubro 17, 2007

A grande dama universal

Helena Petrovna Blavatsky nasceu na Rússia, na noite de 30 para 31 de julho de 1831 (noite mágica, segundo a tradição russa) e desde pequena já demonstrava o poder de sua sensibilíssima alma. Ainda na infância predizia datas exatas das mortes de conhecidos e parentes. Também tinha conhecimento de fatos ocorridos em lugares distantes, antecipando o que viria a ser comprovado por cartas ou jornais escritos na época.

Com uma personalidade ao mesmo tempo voluntária e intratável, Blavatsky era boa, afetuosa e espiritual. Comumente falava de outras existências que passara na Terra e devido a essas lembranças, sua família ortodoxa a submetia a exorcismos. Já com 17 anos casou-se com um general, mas após três meses se separaram por ela não querer cumprir os deveres impostos à esposa pelos sacramentos do casamento. Nessa época tomou o mundo nas mãos e conheceu cada país. Do contato com o Oriente, onde ficou por sete anos, no Tibet, Blavatsky obteve sua iniciação. Essa era a semente que mais tarde, em 1875, se desenvolveria em sua profunda obra, conhecida hoje como Sociedade Teosófica.

Em alguns anos Blavatsky influencia profundamente o mundo esotérico. Com toda sua experiência e guiada pelos grandes mestres espirituais, ela escreve suas obras A Doutrina Secreta, Ísis sem Véu, A Chave da Teosofia e A Voz do Silêncio - manuscritos destinados a orientar e estimular os buscadores sinceros.

Séculos após sua morte, pontos essenciais de seus ensinamentos permanecem entre os idealistas: fraternidade humana sem distinção de raça, cor, religião e condição social; estudo comparativo das religiões como meta moral universal; e o desenvolvimento dos poderes divinos no homem a fim de que este ultrapasse os impulsos agressivos do instinto animal.

Seus divinos pensamentos e sua vida insólita e apaixonante inspiraram aos mais elevados e espirituais personagens do início do século XX: Annie Besant, Rudolph Steiner, Alexandra David Neel, Gandhi e tantos outros discípulos de suas doutrinas.

Publicado originalmente no Mensageiro Celeste nº 3, edição de agosto de 2003.

3 comentários:

Jalila Mandara disse...

Uma grande mulher com uma missão muito especial, principalmente para aquela época.

Namaste.
Jalila Mandara

amrita do himalaya disse...

Eu acredito que pessoas que nascem com uma concepção de vida tão diferente e tão especialíssima , tenham muita dificuldade em adaptar-se aos conceitos e regras da vida diária.

Devem ter um olhar bastante diferenciado em relação ao mundo ,de uma forma geral.

Mas isso deve ser um enorme aprendizado,ter o conhecimento,deixar o legado e ainda por cima fazê-lo de forma amorosa.

Acredito que esse deve ter sido um dos muitos desafios de seu tempo. Desde as normas de um regime Czarista(o qual dominou a Rússia por muitos anos) ao equilíbio da convivência cotidiana,tudo isso paralelo à espiritualidade.

Uma brava mulher!!!!

Anônimo disse...

HPB é uma espiritualista a quem o Ocidente deve muito, por compartilhar amorosa e corajosamente grande parte dos ensinamentos esotéricos universais vindos do Oriente. Um espírito que com toda certeza merece nossa admiração e investigação.