sábado, junho 28, 2008

ENSINO: UM OUTRO DEPARTAMENTO


A rigor tudo é ensino: as Sessões de Força Mental Evolutiva, de Invocação das Chamas, e até mes- mo as Públicas de Vibra- ção, como vimos anteri- ormente. Então, por que abrir um capítulo à parte para o ensino? Não só pa- ra frisar a importância que a "CEU" dedica a es- te Departamento como também para abordar al- guns aspectos do ensino teórico. Muitos tendem a subestimá-lo, achando o trabalho caritativo ma- is importante; mas, sem o conhecimento da teoria, não podemos entender a prática nem aperfeiçoá-la. [...]

A par desta teoria que visa uma larga compreensão de prática místi- ca, existe uma parte doutrinária, levando o aspirante a pensar sobre assuntos mais abstratos, como a Lei da Evolução, que movimenta o ser humano e o espiritualiza, encarada sob dois aspectos: a descida à matéria (encarnação) e a volta a ela (reencarnação pelo resgate dos karmas) até a libertação da mesma. [...]

Não podemos cair na tentação, porém, de encarar o trabalho do edu- cador como uma missão superior, "sublime", mas sim como um ato que, requerendo discernimento contínuo, implica em sérias responsa- bilidades e graves riscos de ligações kármicas com outros que auxili- am ou prejudicam sua ascensão para o infinito. No entanto, exata- mente por isso, "só se pode aprender, quando se ensina". É necessá- rio se interiorizar esta grande lição: na vida, não há amigos nem ini- migos, mas instrutores. E embora a tarefa de alguns desses seja, à primeira vista, apenas a de transmitir conhecimentos, na verdade, ao fazê-lo, eles refletem sobre determinadas questões, obtendo mai- or clareza de pensamento e firmeza de convicção.

MICCOLIS, Leila. Do Hum ao Om, pp. 25-26, 1ª ed., LDE Editora, Rio de Janeiro, 1988.

Um comentário:

Anônimo disse...

Interessante como sempre somos levados, de maneira sutil, sempre que possível, a tirar o foco de nossa personalidade. Quando o texto sugere que todos somos instrutores uns dos outros, mostra isto claramente. Para ter este entendimento, é necessário encarar o irmão como um companheiro de viagem que também passa pelos mesmos processos que nós...mas para fazer isto, vc não pode olhar para suas necessidades pessoais e egoístas.
Interessante também perceber como este movimento nos leva à vivenciar o amor em sua mais pura essência...de uma forma coinsciente e madura...sem ilusões e expectativas.