quarta-feira, fevereiro 17, 2010

A Força (ou a Natureza) da Fé

Desde que o homem se pôs a raciocinar sobre suas origens e seu papel no mundo foi necessário se sentir amparado por uma força que o estimulasse, que o motivasse a seguir seu rumo e a cumprir seus objetivos com toda a proteção. Percebendo o poder que representava a aparente ira da natureza, pouco a pouco, o homem foi reverenciando o que ainda não compreendia.

Assim, as várias catástrofes provocadas, por exemplo, pela força das águas, dos raios, dos deslizamentos de terra, dos ventos, geraram ao mesmo tempo muito medo e respeito a todos os homens. Imaginaram assim: “Se nós pudermos contar com todo o apoio das forças da natureza, certamente seremos protegidos e nada de mal nos alcançará.”

E, ao cultuar o fogo, a lua, o sol, as estrelas, os ventos, o mar, a água, as rochas, o verde, os animais e tudo que vinha da Mãe Natureza e que inspirava algum mistério, houve o desenvolvimento de uma confiança que não poderia ser traduzida em palavras. Assim surgia a fé. E em tudo o que aqueles homens realizavam, eles depositavam a fé em algo superior, em algo oculto, em algo que desafiava a sua compreensão, mas que garantia a coragem, cultivava a esperança e até realizava o impossível. Este sentimento foi passando de geração a geração até se consolidar como força, reunindo desde as mais remotas origens, a contribuição daquilo de mais poderoso que a natureza poderia nos transmitir.

Fé, entre tantas definições, é a certeza de que nunca estamos sozinhos. E da mesma maneira que as águas, por exemplo, brotam das profundezas do planeta para compor os rios que seguem para alimentar os mares, a verdadeira fé nasce na fonte das nossas mais nobres aspirações. Ela é protagonista da caminhada que nos auxilia na concretização de todos os nossos projetos de vida.

Colaboração do aspirante Jorge Arthur Ferreira Machado em 14 de novembro de 2009.