segunda-feira, maio 31, 2010

Espiritualismo ou esoterismo: uma questão de dialética

Ana Elizabeth Diniz

O homem é um ser espiritual vivendo em uma realidade física, terrena. Uma experiência evolutiva com vistas ao aprimoramento da personalidade. O espírito é uma jóia, um diamante raro que reflete mais ou menos a luz criadora em função das escolhas que o livre-arbítrio faz durante as sucessivas possibilidades de aperfeiçoamento que o próprio universo concede, não apenas ao homem, mas a todas formas de vida, sejam elas do reino mineral, vegetal ou animal.

Tudo é cíclico, tudo é vivo, se refaz e se desfaz como as próprias partículas atômicas que compõem a estrutura molecular do grande universo que nos abriga, por ora. E sendo espiritual, o homem em algum momento de sua vida descobre essa realidade que nada tem a ver com religiosidade. Em algum momento o homem se move e se posiciona em sua vida respaldado na espiritualidade que nada mais é senão essa conexão com a sua morada interior, com esse espaço sagrado de onde vêm todas as certezas, as respostas, as soluções, os segredos. A origem da vida, os mistérios, a ancestralidade, a genética espiritual, a biblioteca akástica, o nosso acervo original. Aquele que é a própria vida, pois é e ao mesmo tempo está contido na concepção original da raça humana.

Espiritualidade é um jeito de ser e de viver porque pressupõe a crença em uma realidade que extrapola as dimensões da tridimensionalidade, do concreto, do lógico, do provável e do comprovado. Espiritualidade é realmente um estado do espírito, a manifestação do sagrado que brota naturalmente como conseqüência de uma vivência íntima do espírito.

A espiritualidade é uma experiência cotidiana, como olhar para o próximo e vislumbrar o seu lado divino e não as imperfeições que o aprisionam. [...]