sexta-feira, setembro 10, 2010

Meditação sobre a paciência

Hoje continuaremos nossa meditação sobre a paciência. Como aprendemos na meditação passada, a inquietação é a inimiga da paciência, e que somente seremos pacientes, caso tenhamos a fé em nossos corações, e resignarmos às provações que são colocadas em nossas vidas. E a paciência quanto às atitudes de nossos semelhantes? Como devemos agir?

A paciência é um sentimento nobre, que nasce do amor pelos nossos semelhantes. Por diversas oportunidades nos deparamos em situações difíceis, as quais se encontram envolvidos desde amigos, conhecidos, colegas de trabalho até nossos entes mais queridos, utilizando-se de palavras, ações ou pensamentos que nos magoam, ferem nossa alma ou nos deixam fora de nosso equilíbrio e harmonia.

Como termos paciência com alguém que em um primeiro julgamento parece querer nosso mal, parece ser nosso inimigo? Só há um jeito: O conhecimento dos ensinamentos e a fé. Com fé e com nossos corações cheios de DEUS, nossos problemas que antes pareciam grandes agora se mostram diminutos, portanto devemos colocar os problemas na dimensão que eles realmente têm – pequenos. O inimigo não é mais inimigo, é um Espírito como nós que necessita aprender. Ter paciência para com ele não é abster-se de tentar fazê-lo melhorar, mas sim entender sua condição e não se INQUIETAR com ela. Tomar ATITUDES para coibir o mal é a nossa obrigação, mas que essas atitudes sejam RECHEADAS da vontade do ESPÍRITO de melhorar aquele outro Espírito, e não de raiva de fazê-lo "pagar". Eis a diferença fundamental: não o movimento da mão, mas o movimento da mente.

Devemos ver essas situações como oportunidades para renovarmos nossa fé e exercitarmos nossa paciência, pois são eles, os irmãos difíceis de conviver que nos ajudam, a exercitarmos as nossas virtudes, especialmente a paciência.

Se estamos convivendo com alguém, que nos causa dor, sofrimento e transtornos, não nos desesperemos e não nos inquietemos com isso. Procuremos manter a calma, e roguemos ao Pai misericordioso a força, a paciência e a coragem para superarmos os sentimentos de amargura e revolta que queiram invadir o nosso ser.

Deus coloca essas pessoas difíceis ao nosso lado, porque confia em nós, e nos utiliza como instrumentos de auxílio a esses irmãos, Porém, os maiores beneficiados seremos nós mesmos, pois, estaremos crescendo e evoluindo ao aprendermos a lidar com as dificuldades. Não podemos nos esquecer de que somos todos filhos de um mesmo Pai, que é amoroso, bom e justo, que nos ama infinitamente e da mesma forma.

Desta forma, devemos compreender as dificuldades por que passam nossos irmãos ainda no início da estrada da vida, auxiliando-os como pudermos, para que um dia eles possam ter o entendimento de que somente com o amor encontraremos a felicidade e a paz que tanto buscamos.

A paciência como toda aptidão espiritual é desenvolvida pelo exercício do amor e da sabedoria. Somente amando e dispostos a melhorar nossas próprias atitudes, podemos compreender nossos semelhantes, ter tolerância e indulgência. Sem isto não há paciência. Sejamos pacientes com aqueles que necessitam da Luz e do Amor de DEUS. Que assim seja!


Mensagem proferida por Yahin de Bethlem na Sessão de PHATAE de 28 de agosto de 2010.