segunda-feira, setembro 06, 2010

Meditação sobre a paciência

Hoje, o objetivo de nossa meditação, é a paciência. Saibamos a importância dessa virtude e como conseguirmos alcançar este estado de mente, que muitas vezes nos falta em nossas vidas. Disse Jesus:

- Não vos inquieteis, pois, pelo dia de amanhã; porque o dia de amanhã cuidará de si mesmo. Basta a cada dia o seu mal.

Com essas palavras será que Jesus nos pede que não nos preocupemos com o nosso futuro? Vejamos bem que o Cristo utilizou a palavra INQUIETAÇÃO, que remete ao desespero, à obsessão, à preocupação descabida. A Inquietação é a inimiga da Paciência. Pela inquietação vivemos o passado e o futuro e nunca o presente; pela inquietação construímos os meios de evolução durante a vida toda, porém sem nunca chegar ao fim pelo medo; pela inquietação nos distraímos na vida pelo não importante, pelo secundário que parece urgir mais, deixando de lado o primário, o primordial. A inquietação é o sentimento que nasce da ignorância, mas encontra terreno fértil na falta de fé.

Quando o homem conhece quem é, tem certeza de Deus como Ser Supremo Justo e Bom, quando reconhece sua vida como mecanismo de evolução de si mesmo, quando reconhece as dificuldades como provações necessárias, então possui a fé robusta que automaticamente afasta a inquietação. É a fé que nos dá a "garantia" do dia de amanhã, não do ponto de vista meramente material, mas do PROVIMENTO DO NECESSÁRIO pela Providência Divina.

É a fé que nos leva ao estado da CERTEZA que combate a incredulidade, o desespero, a desesperança, a inquietação. Quando Jesus disse "a cada dia basta seu mal" nos recomendou que nos concentrássemos nos problemas reais de cada instante, tendo a certeza de que o futuro será sempre traçado por Deus. Foi, portanto, do próprio Cristo, por diversas vezes feito o convite à fé e, no caso, à PACIÊNCIA, que combate a inquietação. Então, Por que sofremos? E quando a paciência vai até o limite de nossa fé vacilante?

"Mas, se somos atribulados, é para vossa consolação e salvação; ou, se somos consolados, para vossa consolação é a qual se opera suportando com paciência as mesmas aflições que nós também padecemos" (II Co, 1:6)

"As provas têm por fim exercitar a inteligência, tanto quanto a paciência e a resignação" (O Evangelho Segundo o Espiritismo)

E o que significa RESIGNAÇÃO? Suportar pacientemente a uma força superior. São palavras difíceis, mas que adquirem, com o Espiritualismo, seu significado mais amplo: O EXERCÍCIO DA PACIÊNCIA É A GRANDE FINALIDADE DE MUITAS PROVAÇÕES EM NOSSAS VIDAS.

A partir desse momento a paciência passou a ser um OBJETIVO do Espírito que busca a própria consciência, o próprio progresso. Se Jesus nos ensinou a paciência como forma de atingir os objetivos e se Paulo nos disse que é a chave para a "consolação", foi a Doutrina Espíritualista que, revelando o Espírito como ser imortal, nos trouxe a chave do entendimento: a paciência é uma característica do ESPÍRITO, que precisa ser exercitada e desenvolvida para que, com ela, saibamos APRENDER, ENTENDER o que nos traz a vida e aumentarmos a nossa fé. Tragamos as virtudes da Paciência, da Resignação e da Fé para nossas vidas. Que assim seja! (Estudo baseado no texto de Pedro Vieira do Centro Espírita Léon Denis)

Mensagem proferida por Yahin de Bethlem na Sessão de PHATAE de 31 de julho de 2010
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