domingo, julho 03, 2011

Akhenaton, O Faraó Iluminado [fotos da palestra]


[Herege]. “Será que Akhenaton merecia esse adjetivo tão “desqualificativo”? Ele que sempre acreditou em Deus e mesmo nos piores momentos de sua vida nunca deixou abalar a sua fé em Deus. Ele apenas foi contra a exploração financeira e a avidez do clero de Amon pelo poder e por bens materiais. Aliás, não só ele acreditava numa Força Divina ou Deus, como toda a casta sacerdotal, pois os vários deuses, na realidade, nada mais eram do que atributos da Divindade. Entretanto, os sacerdotes faziam o povo crer nos diferentes deuses por motivos interesseiros, porque queriam angariar mais donativos."

[...] "Akhenaton também foi representado como o faraó guerreiro, porque ele aceitava a simbologia egípcia que explica ser o faraó a encarnação do Poder Divino, matando a fera ou abatendo o inimigo. Assim, o Rei do Egito consegue aniquilar as forças obscuras e preservar a harmonia do Mundo."

"Diariamente, Akhenaton está junto de seu mestre Amenhotep, filho de Hapu, cada vez mais ansioso por conhecimento, indagando sobre a antiga simbologia ou o significado oculto de algumas mensagens ou a compreensão dos reinos misteriosos da alma do homem e dos deuses. Durante longas horas da noite, aluno e mestre conversam sobre as verdades sagradas, entrando em contato com Hathor, a vaca como o amor celeste, Anúbis, o chacal como o purificador do mundo, Hórus, o falcão como a luz das origens, os quais lhes falam sobre o deus Único ou da força criadora que recria o Universo a cada instante, assumindo diferentes formas de deuses que, na realidade, são representações dos seus atributos."

"O Grande Mestre pode estar no meio do mundo, mas deve sentir o desejo de transformá-lo sempre para melhor. Ele ensinou ao discípulo as normas rigorosas do ofício de ser Rei, fazendo com que percebesse os seus deveres sagrados em todos os setores da administração, dizendo-lhe: 'Não te limites à satisfação pessoal; é o Egito que te cria rei; tua vida está oferecida ao Egito.'”

BALZANO, Ondina. Akhenaton, O Faraó Iluminado, pp. 17; 35-36, Rio de Janeiro, 2004.