Amados Irmãos e Irmãs,
O desejo de concretizar intenções para uma vida melhor e mais feliz é próprio de cada ser humano. Há de se estar empenhado em manter a vida em movimento, em se esvaziar corajosa e diariamente de conceitos, julgamentos, aprovações e reprovações que perturbam a mente e o coração. Essa determinação firme precisa transcender a mera passagem de um ano para outro e neutralizar as influências externas que venham comprometer o bom senso e discernimento, a tão necessária autonomia para cada indivíduo planejar, decidir e vivenciar conscientemente as suas próprias questões. De fato, precisamos aprimorar diariamente a nossa capacidade de fluir com a vida, sem excessos, medos ou inseguranças. O equilíbrio em nossas relações nos permite reconhecer limites e possibilidades e, também, fortalecer dons e talentos. Estar atento a esse equilíbrio deveria ser efetivamente a nossa prioridade a cada ano que passa. A grande obra da Fraternidade Branca, com a qual colabora o nosso Divino Mentor através da “CEU”, consiste em transformar o entendimento sobre quem somos, como somos e para que vivemos, de modo que possamos concretizar a paz que buscamos. Cada ciclo traz a sua porção de sombra e de luz, de apatia e de entusiasmo, de sucesso e de fracasso, e o seu cortejo de aprendizados, de ideias novas e de novos projetos. À chegada de um novo ciclo podemos repensar o nosso equilíbrio para recobrar o frescor do espírito e ampliar a nossa compreensão dos fatos e ocorrências da vida.
Vale a pena sentir e cooperar com Aquilo que é, porque conduz à bondade, à liberdade e ao bem-estar. Vale a pena reerguer-se da angústia, da dor, do transtorno e avançar na direção do que se quer conquistar. Vale a pena refazer percursos, sempre que intuir ser necessário e vital realizar as próprias metas e alcançar vitórias. De modo algum devemos abdicar da fé em nós mesmos como espíritos livres e perfeitos, pois que a fé é a substância da Obra, como nos ensina São Tiago. Desejar “Feliz Ano Novo!” significa acreditar que é possível viver melhor, por isso precisamos renovar promessas e compromissos para uma vida justa, harmoniosa, saudável e tranquila. Os Mestres estão sempre tentando nos mostrar esse caminho e nos estimulando para que não esmoreçamos em nosso intento, seja qual for a oposição com a qual possamos nos deparar. Mas em que medida nós confiamos e seguimos essa indicação sem titubear? Em que medida nós julgamos possível um equilíbrio mais estável entre ser e fazer, partilhando vibrações de amor e apoio mútuo? Talvez a capacidade de conviver com a adversidade, preservando a generosidade, a serenidade e o equilíbrio, seja o nosso desafio e o nosso diferencial, por isso importa repensarmos os nossos movimentos e prioridades; reconhecermos nossas fragilidades e dinamizarmos nossas capacidades para restaurar a paz e a harmonia do mundo em que vivemos.
À justa reflexão segue-se a reta ação. Portanto, seremos felizes como merecemos, de acordo com o nosso movimento na vida: com alegria, honestidade, seriedade e boa fé. O contentamento interior que traz um projeto concretizado é uma benção que abre espaço para outras bênçãos. Quando há confiança, há força e equilíbrio. Quando há gratidão, há paz e felicidade. E a profundidade do nosso entendimento sobre quem somos, como somos e para que vivemos é a chave. Definitivamente cada um é o seu próprio ponto de partida. Desejamos que 2015 seja um ciclo muito proveitoso para o desenvolvimento espiritual e material de todos os celestes, onde quer que estejam. Haja Luz.
Mensagem proferida pelo Sumo Sacerdote na Sessão Solene de Ano Novo em 31.12.14