O filho partiu para visitar a família e tudo parecia ir bem. Ele avistou a soleira, apontou e disse: "Isso é carvalho!". Na mesma hora, todos começaram a achar que afinal de contas era bastante inteligente. Foi quando começou a apontar para toda a mobília e cada pedacinho de madeira que via na casa, exclamando continuamente: "Isso é carvalho. Aquilo é carvalho..."
Desse modo, embora o contexto possa parecer semelhante, não podemos presumir que um termo específico vá manter sempre o mesmo sentido onde quer que ocorra. Descobri que é essencial ter um entendimento adequado das diferentes nuances de significado desses termos, e da maneira com que podem variar de acordo com o texto. Creio que isso na verdade é essencial para todos os praticantes sérios.
Extraído de Dzogchen, A Essência do Coração da Grande Perfeição, Sua Santidade O Dalai Lama, p. 155, Ed. Gaia, São Paulo, 2006.